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sexta-feira, 18 de março de 2022

Alcione Dias Nazareth sua Biografia por DjDiDi o REPÒRTER

 Miguel Falabella adia para 2022 musical biográfico sobre Alcione

Alcione Dias Nazareth nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 21 de novembro de 1947. O  romance espírita Renúncia, psicografado por Chico Xavier. Ela é a quarta dos nove irmãos: Wilson, João Carlos, Ubiratan, Alcione, Ribamar, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange. Alcione tem mais nove irmãos que seu pai teve com outras mulheres. Sua mãe chegou a amamentar algumas dessas crianças, por considerar que as crianças não poderiam ser culpadas pelas traições do marido.[3]

Desde pequena, graças ao pai policial e integrante da banda de sua corporação, João Carlos Dias Nazareth, inserida no meio musical maranhense, Alcione fez sua primeira apresentação já aos doze anos. O pai foi mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música. Além disso, foi compositor e entusiasta do bumba-meu-boi, folguedo típico da capital maranhense. Foi ele quem lhe ensinou, ainda cedo, a tocar diversos instrumentos de sopro, como o trompete e clarinete que começou a praticar aos nove anos.

Com essa idade, tocava e cantava em festas de amigos e familiares, e na Queimação de Palhinha da festa do Divino Espírito Santo. Sua mãe, Filipa Teles Rodrigues, entretanto, guardava o desejo de que a filha aprendesse a tocar acordeão ou piano. Não queria que Alcione aprendesse a tocar instrumentos de sopro temendo que a filha ficasse tuberculosa, crendice comum à época.

Sua primeira apresentação profissional foi aos 12 anos, na Orquestra Jazz Guarani, regida por seu pai. Certa noite, o crooner da orquestra ficou rouco, sendo substituído pela menina. Na ocasião, cantou a canção "Pombinha Branca" e o fado "Ai, Mouraria". O apelido Marrom, dado pelos integrantes da orquestra de seu pai, surgiu nessa época.[4]

Alcione afirmou que seu pai era "bom homem" e incentivava as filhas a serem independentes desde muito cedo, a nunca obedecerem homem nenhum, além de lhes ensinar valores morais rígidos.[3] Aos 18 anos de idade formou-se como professora primária na Escola de Curso Normal. Lecionou por dois anos, quando foi demitida aos 20 anos, por ensinar a seus alunos como se tocava trompete, que seu pai lhe ensinou quando pequena, querendo passar o prendizado que recebeu, mas isso não agradou a direção da escola, que na época era muito rígida.[3]

Alcione, 1970. Arquivo Nacional

Após a demissão, continuou a dedicar-se à música, e dessa vez de forma mais intensa e exclusiva. Conseguiu uma vaga em um sorteio e apresentou-se na TV do Maranhão. Ficou fixa na TV, apresentando-se lá nos anos 1960 até o início dos anos 1970 e além de cantar na TV, também cantava em bares e boates em várias cidades do Maranhão. Querendo alcançar rumos maiores, Alcione mudou-se para o Rio de Janeiro em 1972.

Não conhecia nada no Rio e quem a ajudou a se estabelecer foi seu amigo, o cantor Everaldo. Com ajuda dele também, Alcione começou cantando na noite, ocasião em que Everardo lhe apresentou as boates e bares da cidade. Ensaiava no Little Club, boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico do nascimento da bossa nova, em Copacabana. Cantou também em boates como Barroco, Bacarat, Holiday e Bolero.

Começou a se inscrever em programas de calouros, e foi sendo chamada para se apresentar. Venceu as duas primeiras eliminatórias do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti. Nessa mesma época, conheceu a famosa TV Excelsior. Se inscreveu e conseguiu fazer um teste de voz, e passou com boa colocação. Assinou o primeiro contrato profissional com essa TV, apresentando-se no programa Sendas do Sucesso.

Depois de seis meses na emissora, realizou turnê por quatro meses pela América Latina, sendo a primeira vez que saiu do Brasil. Após ter feito excursão também por países da América do Sul, recebeu proposta de turnê na Itália, e assim morou na Europa por dois anos. Voltou ao Brasil em 1972.

Em 2007 Alcione interpretou a cantora americana Lady Brown, na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, na Rede Globo.[5]

Em 2015, canta "Juízo Final" na abertura da novela da Rede Globo, A Regra do Jogo.

Carnaval

Alcione durante desfile da Mocidade Alegre em 2018, quando foi homenageada pela escola.

Alcione visitou a quadra da Estação Primeira de Mangueira pela primeira vez em 1974 e logo foi convidada a desfilar. Na concentração, a ausência de um destaque levou a bela estreante ao alto de um carro alegórico. Desde então, a cantora é membro destacado da escola.[7] Em 1987, participou da fundação da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, e hoje é presidente de honra do grupo.[8]

Em 1989 foi homenageada pela escola de samba Independentes de Cordovil, no então chamado grupo 2, a segunda divisão do Carnaval carioca, com o enredo "Marrom som Brasil".[9] Posteriormente, em 1994 foi novamente homenageada pela tradicional Unidos da Ponte, desta vez no grupo especial do Carnaval carioca, como enredo "Marrom da cor do samba".[10] Em 2018, a tradicional escola de samba de São Paulo, Mocidade Alegre, homenageou os 70 anos de vida e os 45 anos de carreira de Alcione, com o enredo "A voz marrom que não deixa o samba morrer".

Alcione já interpretou sambas de exaltação às escolas de samba: Estação Primeira de Mangueira, Mocidade Independente de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, União da Ilha do Governador, Beija-flor de Nilópolis e Portela.[11]

Vida pessoal

Alcione nunca se casou oficialmente, apenas manteve relacionamentos estáveis. Em entrevistas afirmou que não quer mais dividir a mesma casa com um companheiro, informando que até os dias atuais ainda namora e sai com os homens que lhe despertam interesse.[3] Ao decidir ter um filho, descobriu que não poderia ser mãe devido a endometriose e a SOP. Tentou tratamentos laboratoriais, como inseminação, além de operações espirituais, mas não obteve êxito em nenhuma tentativa.[12][13]

Devido a um tumor na laringe, desenvolveu uma paralisia nas cordas vocais, e a medicina informou que só poderia cantar por mais um ano. Para tentar reverter o quadro, operou espiritualmente em um centro kardecista com Dr. Fritz, uma entidade espiritual. Após operar-se, seguiu o ritual, e ficou calada por três dias. Surpreendendo os médicos, Alcione se curou e pôde continuar a cantar sem restrições, como sempre fez. A partir deste milagre, parou de consumir álcool e devido a cura de sua garganta, converteu-se ao espiritismo. Em entrevistas revelou ter sido criada no catolicismo e que nunca fumou, e que nunca pensou em mudar de religião até obter seu milagre de cura.[13]

Em entrevistas informou que todos os dias ora agradecendo a Deus pelo dom de cantar, já que nunca fez aula de canto.[14]

Discografia

Alcione durante espetáculo no Clube Português, no Recife, em 28 de maio de 2011

    

Discografia


Alcione durante show 

A Voz do Samba (1975)

Morte de Um Poeta (1976)

Pra Que Chorar (1977)

Alerta Geral (1978)

Gostoso Veneno (1979)

E Vamos à Luta (1980)

Alcione (1981)

Dez Anos Depois (1982)

Vamos arrepiar (1982)

Almas e Corações (1983)

Da cor do Brasil (1984)

Fogo da vida (1985)

Fruto e raiz (1986)

Nosso nome: resistência (1987)

Ouro & Cobre (1988) (Ouro)

Simplesmente Marrom (1989)

Emoções Reais (1990)

Promessa (1991)

Pulsa, coração (1992)

Brasil de Oliveira da Silva do Samba (1994)

Profissão: Cantora (1995)

Tempo de Guarnicê (1996)

Celebração (1998)

Claridade (1999)

Nos Bares da Vida (2000) - ao vivo

A Paixão tem Memória (2001)

Alcione – Duetos(2004)

Faz Uma Loucura por Mim (2004)

Faz Uma Loucura por Mim - Ao Vivo (2005)

Alcione e Amigos (2005)

Uma Nova Paixão (2005)

Uma Nova Paixão - Ao Vivo (2006)

De Tudo Que eu Gosto (2007)

Acesa (2009)

Duas Faces - Jam Session (2011) - ao vivo

Eterna Alegria (2013)

Eterna Alegria - Ao Vivo (2014)

Grandes encontros - Ao vivo (2015)

Boleros - Ao vivo (2017)

Tijolo por Tijolo (2020)

 

Radio



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